<p>O derrame de algum combustível na A23 poderá estar na origem de um acidente que envolveu nove viaturas e provocou sete feridos, três deles em estado grave. A circulação rodoviária no sentido Norte-Sul esteve condicionada a uma via.</p>
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O destacamento de trânsito da GNR de Abrantes está ainda a investigar a origem do choque em cadeia, ocorrido ontem pouco depois das 15 horas, na A23. Numa primeira avaliação e segundo o cabo-chefe Carlos Gonçalves "tudo terá começado com o despiste de um veículo ligeiro", ocorrido ao quilómetro 98.2, em Atalaia, no sentido Castelo Branco - Torres Novas.
A viatura terá embatido nos railes centrais, percorreu as duas faixas de rodagem, subiu um morro de terra lateral e capotou. O que deu origem ao despiste a GNR não revela, mas admite como hipótese o derrame de combustível na via.
Segundos depois do despiste, e a escassos metros, ocorreu uma colisão entre um pesado de mercadorias e um automóvel, a que se seguiu uma outra envolvendo mais quatro viaturas ligeiras.
"Os acidentes aconteceram no espaço de 100 metros e os veículos envolvidos ficaram todos juntos" esclareceu o militar da GNR, avançando com a hipótese das colisões terem sido provocadas pela curiosidade dos automobilistas.
Contudo, alguns condutores garantiram terem tido dificuldades em conseguir "segurar" os veículos. Situação que estranharam que já que "não chovia" na ocasião.
O acidente ocorreu a poucos metros do corte para o IC3, que liga a A23 a Tomar e ao Entroncamento.
Vítimas evacuadas
Todos os feridos foram evacuados para o hospital de Abrantes. Os que se encontravam em estado mais grave seguiam num veículo ligeiro e ficaram encarcerados. Estavam "todas conscientes" quando foram transportados pelos bombeiros.
As viaturas foram retiradas da auto-estrada já depois das 18 horas. O trânsito, embora lento, circulou pela faixa mais à direita. A A23 só foi reaberta totalmente ao trânsito após a lavagem do pavimento e a colocação de pó.
Acidentes graves
A A23 tem sido palco de vários acidentes a maioria graves. Na memória de muitos está ainda o acidente com o autocarro que transportava os alunos da Universidade Sénior de Castelo Branco, em 2007, que provocou 17 mortos.
Via cortada
O acidente ocorrido ontem obrigou ao corte de uma das faixas de rodagem durante mais de três horas. A circulação foi feita lentamente e chegou mesmo a formar-se um quilómetro de fila.
Meios envolvidos
No auxilio às vítimas estiveram 36 bombeiros com 14 viaturas, das corporações de Constância, Sardoal, Vila Nova da Barquinha, Abrantes e Entroncamento. No local esteve ainda a GNR.