"Comer a Terra" é um jantar-espetáculo sobre o trabalho precário e a exploração ambiental
O trabalho precário, as deslocações forçadas e a exploração invisível que sustentam a produção alimentar saltam para o palco pelas mãos do Teatro da Didascália. “Comer a Terra” é um espetáculo jantar “onde o teatro e a gastronomia se cruzam para expor as camadas invisíveis que sustentam o que comemos”.
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De 6 a 15 de março, com sessões de quinta a sábado, no espaço fAUNA, em Joane, Famalicão, a hora de jantar vai ser à volta da mesa com os pratos a serem preparados em cena pelos atores Cláudia Berkeley, Eduardo Breda e Pedro Couto, numa criação gastronómica desenvolvida pela chef Tânia Durão.
Durante a peça “a mesa torna-se um espaço de confronto” e comer é “um ato político que expõe relações de poder, trabalho precário e exploração invisível”. “Num sistema alimentar que privilegia o lucro em vez da sustentabilidade, uns enriquecem enquanto outros pagam o preço: trabalhadores explorados, territórios devastados e um planeta à beira do colapso”, revela o Teatro da Didascália que produz a peça com dramaturgia e encenação de Bruno Martins.
Depois de estar em cena em Famalicão, “Comer da Terra” passa pelo Teatro Gil Vicente, em Barcelos, em 21 de março, a 5 de abril estará no Teatro Stephens, na Marinha Grande, seguindo-se o Ponto C, em Penafiel, a 11 de abril. O teatro Municipal de Ourém recebe a peça a 9 de maio e o Teatro das Figuras, em Faro, a 5 e 7 de junho.