Comerciantes de Matosinhos querem contratar guarda-noturno para combater onda de assaltos
Fartos de assaltos constantes, um grupo de comerciantes de Matosinhos tem intenção de contratar um guarda-noturno para lhes vigiar as lojas, no período da madrugada.
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A ideia partiu de Filipe Santos, dono da Dream Vintage Garage, uma barbearia e loja de motas, na Rua Dr. Afonso Cordeiro, depois de na madrugada de segunda para terça-feira [dia de feriado municipal em Matosinhos] ter sofrido uma nova tentativa de assalto.
Desta vez, os assaltantes não conseguiram entrar no estabelecimento, mas por conta dos danos que o vidro da montra sofreu, o comerciante ficou com um prejuízo de cerca de 900 euros.
E esta não foi a primeira vez que o lojista teve a visita dos "amigos do alheio". Em fevereiro, "entre relógios e capacetes que os ladrões conseguiram tirar da montra foram mais de quatro mil euros de prejuízo", contou ao JN Filipe.
Mas a situação pior, aconteceu o ano passado, quando lhe roubaram "uma mota mais equipamento", tudo no valor de "cerca de 15 mil euros".
Nesta madrugada de terça-feira, e depois de uma tentativa falhada na loja das motas, o alvo foi um estabelecimento de roupa. Mas também já aconteceu "em cabeleireiros e cafés". "No fundo, todo o comércio da zona, seja de que ramo for, está sujeito a isto", sublinhou Filipe, 42 anos, com a loja aberta desde 2018.
Segundo o comerciante, estes assaltos que têm acontecido com mais frequência desde o início deste ano, estão centrados "no quarteirão abaixo da Câmara de Matosinhos, a poucos metros da esquadra da Polícia". Quando os lojistas apresentam queixa, ouvem das autoridades que "realmente têm acontecido muitos assaltos".
O clima de insegurança e os prejuízos já acumulados, levou, então, Filipe a pensar contratar um guarda-noturno, que "da meia-noite e meia às 6.30 horas passe a vigiar este quarteirão, que envolve artérias como a Avenida da República, Rua Dr. Afonso Cordeiro e Rua Ló Ferreira".
Num primeiro contacto, o comerciante diz que já tem um grupo de mais de uma dúzia de comerciantes prontos a aderir à iniciativa, mas a intenção é que possam ser cerca de meia centena. Cada um pagaria "o valor irrisório por mês de 20 euros", referiu Filipe, convicto que esta poderá ser uma "boa estratégia, para juntamente com o trabalho da Polícia, debelar o problema".
Os comerciantes interessados devem contar o Filipe Santos, na sua loja, no n.º 21 da Rua Dr. Afonso Cordeiro.