A Rua de Santos Pousada, no Porto, irá estar condicionada até 3 de janeiro devido à substituição do pavimento. As obras, que deverão avançar esta semana, incidem no troço entre as ruas da Constituição e do Moreira e não agradam a alguns comerciantes, que temem perder clientes.
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A informação da Câmara que chegou a comerciantes e moradores há alguns dias anuncia a substituição do piso em granito por asfalto, para reduzir o ruído. Devido à empreitada, cujo valor ultrapassa meio milhão de euros, "será necessário implementar condicionamentos de trânsito, em duas fases distintas, de forma a reduzir o impacto causado pela intervenção", esclarece, em comunicado, o município.
As opiniões sobre a obra dividem-se. Diogo Aguiar, comerciante, garante que a substituição do pavimento numa rua com tanto movimento é "muito necessária". "Este paralelo estava uma miséria", salienta também Francisco Silva, que trabalha num talho. Já para António Machado, que trabalha numa loja de chaves, o pavimento é "indiferente".
Num ponto estão todos de acordo: no período em que as obras estiverem a decorrer, as lojas vão perder clientes e as cargas e descargas ficarão condicionadas.
"Para o comércio vai ser muito complicado, com a chegada do inverno será só lama", afirma Francisco Silva. "Muitos clientes vão fugir. Já era difícil estacionar, agora com as obras, não havendo onde parar, vai ser muito complicado", acrescenta. Na loja onde Diogo Aguiar trabalha, a principal preocupação prende-se com as cargas e descargas.
"Estão a começar a obra pelo telhado. Não sei se vão resolver o problema da rede de água. Se não fizerem agora, depois vão ter que rebentar com o pavimento novo", sublinha António Machado.
A Câmara explicou que a intervenção servirá também para criar um protótipo de estrutura de recolha e retenção de águas pluviais.
Bruno Gomes, morador, afirma que "não faz muito sentido estar a mudar para asfalto porque isso irá fazer com que os carros circulem com mais velocidade".