A cidade de Viana do Castelo já está praticamente desde o início de agosto, em ambiente festivo, mas é a partir destaquarta-feira que a romaria de Nossa Senhora d"Agonia começa, trazendo gente e fluidez aos negócios local e do comércio e divertimentos ambulantes.
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Vendedores e empresários de equipamentos de diversão, esperam que a Santa padroeira dos pescadores, ajude a pescar clientes e traga fartura durante os nove dias de festa.
"A romaria d"Agonia costuma ser boa para o negócio, mas este ano vamos ver. Estou um bocado com medo porque nos outros anos, nesta altura, a gente já tinha vendido alguma coisa, mas este ano, já estou cá há quatro dias e ainda não começou aquela coisa mesmo a valer", diz Lurdes Oliveira, vendedora de meias, com barraca instalada no Campo d"Agonia, o grande terrado da romaria de Viana do Castelo.
Refere que este ano "está tudo mais caro, até as meias encareceram, e o preço do aluguer do terrado também subiu um bocadinho". "As pessoas não têm grande dinheiro para gastar. Vêm, gostam E não compram. Mas tenho de ter fé. Vamos lá ver se Nossa Senhora ajuda", acrescenta.
Despesas aumentam, preços sobem
Na barraca das Farturas Mário, que desde 1984 assenta arraiais no Campo d"Agonia. "Chegamos no dia 3 e temos tidos dias bons. Não notamos grande diferença em relação ao ano passado", comenta o proprietário Mário Taveira, referindo que a fartura "subiu um euro" (meia dúzia, 6,5 euros), em relação a 2023, porque "algumas matérias primas, como o óleo, subiram, e a luz também". "E temos muitas despesas. Só na logística disto, mudar de uma terra para a outra, vai o dinheiro todo. Depois temos muita gente a trabalhar. Somos 18", justificou.
Mas a Senhora d" Agonia costuma ser uma das melhores festas do ano, juntamente com as do Senhor de Matosinhos, Feira de Março em Aveiro e Feiras Novas em Ponte de Lima, e Mário tem fé que traga fartura.
"O ano passado foi muito bom e a gente espera que este seja, pelo menos, igual", disse.
Falta dinheiro nos bolsos
Bifanas, cachorros quentes, kebab e bebidas frescas, têm saído pouco no bar ambulante "João e Teresinha". "Ui este ano está muito fraquinho. está tudo teso", atira Teresa de longe, enquanto o marido João Soares mexe a carne na panela.
José Matos, que vende "estamparia", t-shirts e bonecos, considera que "as pessoas querem comprar mas não tem dinheiro no bolso".
Nos carrinhos de choque com a volta a custar três euros, "tem estado aí tudo cheio à noite e as festas só começam amanhã (hoje)", diz Jorge Silva.