Os presidentes da Câmara de Oliveira de Frades e da Junta de Freguesia de Ribeiradio afirmaram hoje, quarta-feira, que a comissão que organizou as festas onde 16 pessoas ficaram feridas na explosão de fogo de artifício actuou dentro da legalidade.
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O acidente ocorreu ao início da madrugada de hoje, tendo 16 pessoas (e não 17 como inicialmente foi avançado) ficado feridas, uma das quais com gravidade, na sequência do lançamento de fogo de artifício nas festas de Ribeiradio.
"À meia-noite foi lançado fogo de artificio, um dos canudos deve ter tombado, o que projectou um petardo que rebentou no meio do público", contou durante a noite à agência Lusa o comandante dos bombeiros de Oliveira de Frades, Fernando Farreca.
O presidente da Câmara, Luís Vasconcelos, disse à Lusa que "a responsabilidade das festas é de uma comissão, que tinha tudo legal, estavam lá os bombeiros e a assistência foi muito rápida".
"Nestas festas, a Câmara passa uma licença e são contactados os bombeiros para estar no local. Foi o que aconteceu", disse, acrescentando que se tratam de "festas muito tradicionais" e que "as comissões já são quase profissionais".
Luís Vasconcelos lamentou que 16 pessoas tivessem ficado feridas, frisando que, no entanto, "poderia ter havido uma tragédia maior se o petardo não tivesse batido primeiro num carro" antes de atingir um homem.
Trata-se do ferido mais grave, que foi transportado para os Hospitais da Universidade de Coimbra para ser operado à zona do abdómen e que, segundo o autarca, é de Ribeiradio e tem 47 anos.
A presidente da Junta de Freguesia de Ribeiradio, Arlete Ribeiro, não foi às festas e, quando estava em casa, apenas se apercebeu "de um estrondo, nada que pudesse levar a prever este acidente".
"Só hoje de manhã é que soube o que tinha acontecido", contou, dizendo ter indicações de que as festas foram tratadas dentro da legalidade pela comissão.
As festas, centenárias, são em honra de Nossa Senhora Dolorosa e tradicionalmente apenas decorrem nos dias 7 e 8 de setembro.
"Mas como envolvem muito dinheiro, a comissão decidiu alargar os dias das festas, que começaram na passada sexta-feira e acabam hoje", explicou Arlete Ribeiro.
Para hoje está prevista uma missa campal presidida pelo bispo da diocese de Viseu, seguida de uma procissão.
Além do ferido grave que foi transportado para Coimbra, outros 12, com ferimentos mais ligeiros, foram levados para o Hospital de S. Teotónio, em Viseu.
Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu, no local da festa foram assistidas três pessoas com pequenos arranhões e não quatro, como tinha avançado durante a noite Fernando Farreca.