Comissão Vitivinícola Regional quer vinhos transmontanos nos restaurantes da região
A Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM) pretende avançar para a criação de uma carta de vinhos da região para ser utilizada no setor da hotelaria. “Consideramos que a nível regional a restauração precisa de olhar para os nossos vinhos de uma forma um pouco diferente”, defende a presidente.
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Ana Alves diz ser urgente “despertar o orgulho regional” nesta área. “A nossa área geográfica é muito vasta e existem imensos restaurantes e imensos hotéis, mas há um trabalho enorme a fazer, porque temos muitos restaurantes na região que não têm vinhos de Trás-os-Montes e é preciso despertar este orgulho regional e levar às pessoas aquilo que é esta identidade, falar sobre a região, mostrar os nossos vinhos, fazer provas”, acrescenta.
E por entender que é necessário melhorar “o trabalho de casa”, a responsável revela que a criação de uma carta de vinhos de Trás-os-Montes é uma das apostas da entidade que preside. “É preciso que as pessoas percebam que realmente a região consegue produzir vinhos diferenciadores que não ficam nada atrás de um Douro, de um Alentejo, ou de qualquer outra região do país”, reforça.
Aposta na certificação
“Quem nos visita quer provar os nossos produtos, desfrutar das nossas paisagens, ser bem recebido, mas também quer provar os nossos vinhos, e é preciso que as pessoas tenham esta consciência, e esse é um dos trabalhos que nós temos e faz parte da estratégia regional”, destaca a líder da CVRTM.
Para Ana Alves, esta aposta faz ainda mais sentido numa altura em que os produtores da região estão “cada vez mais sensibilizados” para aderir ao processo de certificação dos vinhos, conferindo assim a qualidade necessária para a sua promoção.
“Temos que perceber que um vinho feito sem certificação é um vinho sem pátria e, se nós queremos elevar aquilo que é a nossa região, temos que potenciá-la e só conseguimos elevar a nossa região com este selo de garantia", sustenta, acrescentando: "Quando pegamos numa garrafa, que tem um contra rótulo onde está inserido um selo de vinhos Trás-os-Montes, significa que houve todo um processo controlado desde a origem, da principal base, que são as nossas uvas, as nossas massas vínicas, até ao produto final na garrafa”, sublinha.
Atualmente, em toda a área da CVRTM estão inscritos 110 agentes económicos