A comunidade de Monte Redondo, em Leiria, está a mobilizar-se para angariar fundos para a família dos dois irmãos angolanos que desapareceram no mar da praia do Pedrógão, a 25 de maio, e cujos corpos foram encontrados nos dias 1 e 2 de junho, nas praias da Falca e de S. Pedro de Moel.
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O funeral, ainda sem data marcada, e a deslocação dos pais entre o Canadá e Portugal já estão assegurados.
“Várias entidades da comunidade juntaram-se num esforço solidário para apoiar a família, neste momento de profunda dor”, lê-se num post publicado, anteontem, no Facebook da União das Freguesias de Monte Redondo e Carreira. Além desta autarquia, o Colégio Dr. Luís Pereira da Costa, o Centro Social Paroquial Nossa Senhora Piedade, o Agrupamento 1054 e o Motor Clube de Monte Redondo estão “empenhados em fazer face às despesas urgentes”, decorrentes da morte de Sérgio, de 11 anos, e de Celso, de 15 anos.
Céline Gaspar, presidente da União de Freguesias, revela ao JN que as despesas com as cerimónias fúnebres vão ser asseguradas por uma agência funerária de Pombal, e a deslocação dos pais do Canadá, onde são imigrantes, para Portugal vai ser paga por empresas de Monte Redondo.
Mais de 600 euros prometidos
“Atualmente, estamos a apurar os custos da viagem de regresso e da campa, para aceitar donativos. Já passámos os 600 euros de ofertas”, adianta. Numa ótica de transparência, compromete-se a apurar com rigor os montantes necessários, e a tornar públicas todas as despesas.
Sérgio e Celso não sabiam nadar. Mas quando viram os amigos do colégio dentro de água, juntaram-se a eles. A maré estava baixa, pelo que entraram pelo mar adentro até a água lhes dar pelas pernas. Quando a irmã mais velha, de 16 anos, se apercebeu que estavam aflitos, pediu ajuda a um homem, mas ele também não sabia nadar. Quando voltou a olhar para os irmãos, uma onda passou-lhes por cima da cabeça e deixou de os ver.