
O presidente da CIM diz que "Setúbal vai deixar de ser visto por Bruxelas como uma região rica pela associação a Lisboa"
Foto: Adelino Meireles
A Comunidade Intermunicipal (CIM) de Setúbal, formada pelos nove concelhos do distrito de Setúbal, foi constituída oficialmente esta segunda-feira, com o objetivo assumido de captar fundos comunitários para a região. Os projetos terão em conta as grandes obras públicas previstas, como o novo aeroporto em Alcochete e a nova ponte entre Barreiro e Lisboa.
"Setúbal vai deixar de ser visto por Bruxelas como uma região rica pela associação a Lisboa, o que implicava comparticipações de 40% e levava a que, por exemplo, projetos académicos não tivessem condições para arrancar. No próximo quadro comunitário, a partir de 2030, vai passar a gozar de comparticipações ao nível da sua realidade e isso vai impulsionar a economia", explicou Frederico Rosa, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, que tomou posse esta segunda-feira como presidente da Comunidade Intermunicipal de Setúbal.
As áreas da habitação, saúde, empresas, mobilidade e transportes vão estar no topo das prioridades para a CIM.
"Até ao final de fevereiro, vamos ter todos os órgãos municipais instaladores e vamos poder constituir um Conselho Estratégico onde vão participar a indústria, academia, forças de segurança e proteção civil, para poder definir quais os projetos mais importantes para candidatar aos fundos comunitários", adiantou Frederico Rosa, acrescentando que o papel da CIM será o de articular tudo e gerir a distribuição e captação dos fundos comunitários.

