A Concentração Internacional de Motos de Faro, uma das maiores e mais importantes da Europa, foi cancelada devido à pandemia da Covid-19. A 39.ª edição estava marcada para julho. É o primeiro ano que não se realiza.
Corpo do artigo
O cancelamento, que já se previa, foi anunciado oficialmente, esta quinta-feira, pelo Moto Clube de Faro (MCF). O evento realiza-se há 38 anos consecutivos e reúne milhares de motociclistas de vários pontos da Europa e do mundo.
Em declarações ao JN, o presidente do MCF, José Amaro, admitiu que se trata de uma decisão "difícil e triste", mas "não poderia ter sido outra" devido à impossibilidade de realizar festivais, à necessidade de haver distanciamento social e às restrições impostas ao transporte e à circulação de pessoas entre países.
"Vai ser muito mau para o Moto Clube e para Faro porque é um evento importante e de grandes dimensões, mas a saúde está e estará sempre em primeiro lugar", recordando que "uma das bandeiras da concentração sempre foi a segurança e, claro, a saúde".
José Amaro adiantou, ainda, que o MCF pondera realizar um evento nos próximos meses para não deixar de assinalar os 39 anos da concentração, mas o formato ainda não está decidido.
"Vamos tentar fazer qualquer coisa, que não será uma concentração como estão habituados, para que este ano não fique esquecido, mas também estamos todos dependentes da evolução da pandemia", assegurou.
https://www.facebook.com/watch/?v=556211375039200
"Foram poucos os que viram o Vale das Almas com este aspeto. Este é o nosso chão sagrado. Durante 38 anos comemorámos e partilhámos as nossas alegrias. É aqui que vamos buscar forças e ultrapassamos as nossas tristezas. Mas este ano não será assim", sublinha José Amaro, no vídeo publicado na página oficial do MCF, que reúne imagens de motards, com máscaras, no emblemático recinto.
"Sabemos que a saúde é o nosso bem mais precioso. É difícil anular o evento dos 39 anos, mas temos a certeza que, em qualquer parte do mundo, nos dias que eram da concentração, vamos estar juntos em pensamento. Vamos regressar mais fortes na defesa da cultura motociclista", conclui.