Concessão a privados permitirá novo estádio municipal em Famalicão
O Futebol Clube de Famalicão poderá ter um novo estádio em 2028. O concurso público internacional para a conceção, construção e exploração do Estádio Municipal – Complexo Desportivo e Empresarial vai ser aprovado no próximo dia 6 de março em reunião de Câmara.
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A Câmara Municipal, proprietária do atual estádio e campo de treinos, anunciou esta sexta-feira que vai lançar o concurso público para a edificação de um novo estádio, a construção de parque de estacionamento e zona empresarial de comércio e serviços, bem como um espaço “multifuncional”. A operação para os terrenos onde está atualmente localizada a zona desportiva está orçada em 24 milhões de euros.
O presidente da autarquia, Mário Passos, acredita que esta é a solução para que o clube tenha um estádio “de última geração”, por isso diz não haver plano alternativo caso este concurso não tenha sucesso.
Depois de um estudo de viabilidade económica, urbanística e jurídica para o local onde está implantado o estádio, Mário Passos notou que os promotores interessados terão um “grau de liberdade” para apresentarem propostas.
Contudo, há condicionantes impostas pelo município, nomeadamente quanto às áreas de construção e área reservada ao estádio. A área total tem 46 mil metros quadrados mas a zona para construção poderá abranger no máximo 84.300 metros quadrados. O estádio municipal terá de ocupar uma área mínima de 19.900 metros quadrados e incluir balneários, áreas complementares de apoio, loja do clube, área para a comunicação social, terreno de jogo e quatro bancadas cobertas com capacidade para dez mil espetadores. A existência de estacionamento, a construção de um espaço “multifuncional” para acolher eventos e zona empresarial para comércio e serviços são também condições que os promotores terão de incluir no projeto. Três anos é o prazo máximo de construção.
Está previsto que o município concessione tudo ao promotor vencedor do concurso por um período de 50 anos e que o promotor pague 25 mil euros mensais à Câmara.
Mário Passos salientou que o primeiro projeto “com esta complexidade” nasce em Famalicão, notando que “vai ajudar a cidade enquanto força motriz do concelho”. Frisou ainda que estão reunidos “todos os ingredientes para que haja viabilidade económica”, havendo “alguma garantia de sucesso”. Por isso, justificou, não existe “plano B”.
Atualmente a jogar num estádio com “fraquíssimas condições”, o presidente da SAD do Famalicão, Miguel Ribeiro, diz olhar com “entusiasmo” para o projeto, uma vez que é “uma luz ao fundo do túnel”. Miguel Ribeiro realçou que o clube e a cidade são âncoras para o que o promotor pode fazer no local e mostrou-se otimista. “Poderá ser um projeto de referência e poderá ser replicado pelo mundo fora”, adiantou.
“Se Famalicão tiver sucesso na sua visão urbanística, pode ser o pontapé de saída para uma solução internacional”, afirmou o líder da SAD do Futebol Clube de Famalicão.