A concessão do Edifício Transparente, no Porto, vai ser prolongada por mais um ano. O contrato em vigor, assinado em 28 de junho de 2004 tinha um prazo de 20 anos, pelo que expira em junho. A Câmara e a concessionária do edifício, a empresa Hottrade, chegaram a acordo para estender o vínculo até junho de 2025.
Corpo do artigo
A proposta de prolongamento da concessão vai à reunião de Executivo de segunda-feira. O entendimento chega numa altura em que o futuro do imóvel continua marcado pela incerteza, uma vez que a sua demolição chegou a estar prevista no Programa de Orla Costeira Caminha - Espinho. O documento, diz a Câmara na proposta que vai a discussão, está em fase de revisão. E foi nesse contexto que se consultou o concessionário "sobre a sua intenção em prorrogar o contrato".
A Hottrade respondeu afirmativamente, mas salvaguardou que fica "obviamente na expectativa da informação dos desenvolvimentos do Plano de Ordenamento da Orla Costeira e das decisões de avanços e recuos da Agência Portuguesa do Ambiente".
Na proposta que vai ao Executivo, sublinha-se que o "concessionário cumpre com a obrigação contratualmente prevista, relativamente à taxa de ocupação do edifício (não pode ser inferior a 90%), verificando-se que todos os espaços estão, atualmente, ocupados". A Hottrade especifica que estão instaladas no edifício mais de 80 empresas nacionais e internacionais, empregando, direta e indiretamente, cerca de mil pessoas.
Pelo imóvel, que tem uma área total de 3693m2 (1.«612 m2 de área coberta, 1561 m2 de área descoberta e 520 0m² de área privada de utilização pública) , o concessionário paga um valor mensal de aproximadamente 12500 euros.
O imóvel, construído no âmbito da Capital Europeia da Cultura de 2001, tem um valor estimado de 8,7 milhões de euros.