Está concluído o processo que levou ao despedimento coletivo de mais de três centenas de trabalhadores da Yazaki Saltano, em Ovar.
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O anúncio da multinacional japonesa, que justificou a ação com a quebra de vendas e crise na indústria automóvel, foi feito há três meses. Os funcionários dispensados aceitaram a proposta e receberam um pouco acima do mínimo exigido por lei.
O despedimento coletivo abrangeu ao todo 304 trabalhadores, abaixo dos 364 inicialmente previstos, apurou o JN junto do SITE - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente. Estes funcionários acabaram por aceitar a proposta da empresa e receberam um mês de salário por cada ano de trabalho até 2013, conforme previsto na lei, que mudou nessa altura. Em relação aos anos subsequentes, receberam 25 dias de salário por cada ano trabalhado, acima dos 14 previstos atualmente na legislação.
Vários trabalhadores inicialmente abrangidos no despedimento foram ‘resgatados’ e conseguiram manter o posto de trabalho.
Anteriormente, em resposta ao JN, a Yazaki havia explicado que, apesar dos esforços, “não foi possível encontrar solução para a grande maioria dos colaboradores das áreas com maiores quebras de produção, o que resultou na necessidade imperiosa de redução do número de colaboradores da Yazaki Saltano de Ovar através de um processo de despedimento coletivo que teve início no dia 13 de março”.
“A redução do número de efetivos prevista neste processo de despedimento prevê uma adaptação da equipa às necessidades atuais da operação em Portugal, pela clara intenção da Yazaki em manter a sua atividade em Portugal”, acrescentou a empresa, adiantando que, atualmente, continuam afetos à fábrica 1900 colaboradores.