O concurso público para a obra do Feiródromo do Porto, que irá albergar as feiras da Vandoma e do Cerco e cujo lançamento estava previsto até ao final do primeiro semestre, "deverá ser lançado até dezembro". O projeto vai custar 551 mil euros e acolherá 152 comerciantes, 35 dos quais da extinta feira do Cerco.
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Está a ser ultimado o projeto para o Feiródromo do Porto, em Campanhã, em frente à estação de metro Nasoni. O concurso público para a empreitada deverá ser lançado até dezembro de 2023, disse a Câmara do Porto à Lusa. O anteprojeto que irá albergar as feiras da Vandoma e do Cerco, foi apresentado há cinco meses ao executivo municipal.
À época, em declarações aos jornalistas, o vereador com o pelouro da Economia, Ricardo Valente, adiantou que até ao final do primeiro semestre deste ano a autarquia lançaria o concurso público para a empreitada e que, "correndo tudo como se espera", a obra deveria arrancar no final do ano.
"A obra durará quatro meses. Estamos a contar que, em abril de 2024, tenhamos o equipamento municipal", afirmou o vereador. Além da utilização para as feiras, o equipamento municipal "pode ser usado pela cidade todos os dias do ano", afirmou Ricardo Valente, acrescentando que o espaço vai estar dotado de café e sanitários.
Bancas com "cobertura ligeira"
De acordo com o anteprojeto, a que a Lusa teve acesso, as 152 bancas fixas vão estar dotadas de uma "cobertura ligeira", bem como de iluminação pública. Questionado sobre se os feirantes estavam satisfeitos com o projeto, o vereador afirmou que os mesmos não tiveram conhecimento.
"É importante dar nota de que as feiras e mercados municipais não têm lugares perpétuos. Os regulamentos municipais não permitem que um comerciante esteja numa feira e num mercado toda a vida. E bem, porque estamos perante um bem público que não é de ninguém. (...) A questão de falar é falar com quem? Com os atuais ou com os futuros?", questionou.
Ricardo Valente adiantou, nessa altura, que o investimento municipal previsto para a criação do Feiródromo aumentou de 300 mil euros - conforme estava inscrito no orçamento municipal - para 551 mil euros, face à mudança "de conceito" do projeto.
No final de 2021, a Câmara e a Assembleia Municipal do Porto aprovaram o encerramento definitivo da feira do Cerco. A decisão levou um movimento de feirantes a entregar um abaixo-assinado, com cerca de 600 assinaturas, na Câmara do Porto.
No inicio de 2022, a Câmara do Porto anunciou que os comerciantes da extinta feira do Cerco iriam poder vender no recinto da feira da Vandoma, sendo esta uma situação provisória até ser encontrado um novo recinto.
Ricardo Valente adiantou, em abril de 2022, que o local para instalar o Feiródromo já tinha sido identificado e que o município estava a avaliar os terrenos para arrancar com a aquisição e obras. Dois meses depois, o vereador dizia esperar que o Feiródromo estivesse construído "até ao final do ano".