A segunda etapa para a construção da Linha de Alta Velocidade entre Porto e Lisboa está marcada para 15 de julho. A Infraestruturas de Portugal (IP) pretende lançar, nesse dia, o concurso público, em regime de parceria público-privada, para a construção do subtroço entre Oiã (Aveiro) e Soure, com passagem por Coimbra.
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O aviso ao mercado foi enviado dia 27 de março para o Jornal Oficial da União Europeia, poucos dias antes da tomada de posse do Governo de Luís Montenegro.
O novo primeiro-ministro comprometeu-se a manter o projeto para a nova linha Porto-Lisboa tal como apresentado pelo seu antecessor, António Costa: velocidade máxima de 300 quilómetros/hora e bitola ibérica, com possibilidade de migração futura para a bitola europeia. A ligação entre a linha de TGV e as atuais estações de Porto-Campanhã, Aveiro e Coimbra-B será possível graças à construção de variantes. O projeto contempla a construção das novas estações de Santo Ovídio (Gaia) e de Leiria.
Subtroço com 71 quilómetros
O subtroço entre Oiã e Soure terá cerca de 71 quilómetros de extensão de nova linha e mais 34 quilómetros de variantes para acesso à Linha do Norte, com velocidade máxima de 200 km/h. Prevê-se a construção de 17 pontes, 11 viadutos e dois túneis. O concurso contempla também a quadruplicação da Linha do Norte entre Taveiro e a entrada sul da Estação de Coimbra-B, que será totalmente reformulada.
O orçamento para esta PPP é de 1,751 mil milhões de euros. Deste montante, mais de 20% (395 milhões de euros) pode vir a contar com financiamento comunitário, ao abrigo do mecanismo Interligar a Europa (CEF, na sigla original). No entanto, apenas em julho será tomada a decisão final sobre este apoio por parte de Bruxelas. A IP também submeteu a financiamento comunitário 480 milhões de euros para a PPP entre Porto-Campanhã e Oiã e 146 milhões para a quadruplicação da Linha do Norte na zona de Coimbra.
Tal como na primeira PPP, o concurso prevê a concessão da linha por 30 anos.