Continua a aumentar o número de concursos públicos que ficam desertos. Por isso, esta terça-feira, a Câmara de Aveiro lançou quatro novos procedimentos – dois pela segunda vez, dois pela terceira –, para tentar encontrar empreiteiros que executem as obras já planeadas.
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Entre os primeiros concursos e os agora lançados, as bases de licitação, no total, já tiveram de ser aumentadas em cerca de dois milhões de euros, de modo a tornarem-se mais apelativas.
Em causa estão a empreitada de remodelação do edifício antigo da Biblioteca Municipal, para instalação de um Museu de Arte Cerâmica Contemporânea, a requalificação do Parque de Campismo de São Jacinto, a reabilitação da antiga sede da Junta da Vera Cruz – Escola do Adro e a obra de conservação do Centro Cultural de Esgueira.
“Tem havido muita capacidade de oferecer obra, mas não há capacidade do setor da construção de responder”, explicou Ribau Esteves, presidente da Câmara, na reunião do executivo.
O primeiro concurso do Parque de Campismo data de junho do ano passado e tinha um preço base de 1,6 milhões de euros. Ficou deserto e a autarquia lançou depois um novo, pelo mesmo valor. Agora, vai tentar ir pela terceira vez ao mercado, com uma base de 2,3 milhões de euros – cerca de 700 mil euros a mais.
Museu com a maior subida
Quanto à antiga sede da Junta da Vera Cruz, será também o terceiro concurso. O primeiro estabelecia um limite de 628 mil euros. No segundo, a Câmara aumentou para 734 mil. Agora, elevou a fasquia para 809 mil euros.
A subida mais relevante de preço é a do concurso para criação do Museu de Arte Cerâmica Contemporânea. Em março, no primeiro, o valor base era de 3,8 milhões de euros. O segundo, ontem lançado, é de mais um milhão (4,8).
Por último, no caso do Centro Cultural de Esgueira, a Câmara teve de subir o preço base, do primeiro para o segundo procedimento, em cerca de 135 mil euros – de 539 para 674 mil.
