A Câmara de Condeixa-a-Nova vai dar os 500 euros aos alunos do concelho afectados com a suspensão do prémio pecuniário pelo Governo e premiar também os melhores alunos de todos os níveis de ensino.
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A entrega dos prémios realiza-se na quinta-feira, no salão nobre da Câmara Municipal, que distingue, pelo segundo ano consecutivo, os melhores alunos das escolas do concelho, desde o 1º ciclo ao Secundário.
Entre os 18 estudantes premiados estão os dois melhores finalistas do Secundário que teriam direito ao prémio de 500 euros que o Ministério da Educação decidiu entretanto canalizar para projectos sociais nas escolas, indicados pelos alunos.
Desde o ano passado que a Câmara de Condeixa-a-Nova distingue os melhores alunos de todos os ciclos, com prémios que variam entre os 75 euros e os 125 euros, enquanto os finalistas do secundário recebiam o prémio de 500 euros pelo Ministério da Educação.
Crítico da decisão do Governo, o autarca Jorge Bento sustenta que "não se alteram as regras do jogo no fim do campeonato" e garante que a suspensão da entrega do prémio pecuniário aos alunos "não representa qualquer poupança" para o Ministério.
"Os cheques já estavam passados, o dinheiro vai ser atribuído às escolas e gasto na mesma, o que mudou foi o objectivo", declarou, considerando "grave o Estado anular um compromisso que assumiu".
Jorge Bento entende que se trata de uma "ajuda sempre útil a qualquer família, um pé-de-meia para quem arranca para uma próxima fase nos estudos".
"A decisão só foi conhecida dois dias antes da entrega dos cheques, o que dificultou as contas aos alunos e às famílias, que esperavam pelas verbas anunciadas e, em ano de transição para o Ensino Superior, esta realidade é ainda mais dura se juntarmos os inúmeros cortes orçamentais a que as famílias estão obrigadas, face à crise que o país atravessa", refere uma nota divulgada pela autarquia.
"Isto é o contrário do que deve ser educar, porque o cerne da educação é honrar os compromissos e a palavra", criticou o autarca, que diz que entenderia se a suspensão do prémio pecuniário fosse para o próximo ano mas não "em cima da hora".