Condutor que fugiu após atropelamento mortal na Póvoa de Varzim entregou-se à PSP
Entregou-se na esquadra da PSP da Póvoa de Varzim o condutor do carro que, no passado dia 10, se pôs em fuga após atropelar um jovem de 21 anos na EN206, em frente à fábrica da Sumol, em Argivai, na Póvoa de Varzim. Dulvany Afonso Teixeira acabou por morrer no hospital.
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O funeral do jovem realizou-se na quarta-feira nas Caxinas, em Vila do Conde. O corpo foi transladado, depois, para o cemitério de Benfica, em Luanda.
O JN apurou que o condutor da viatura, com cerca de 20 anos, entregou-se na PSP da Póvoa de Varzim. Chegou acompanhado dos pais. O caso já estava nas mãos da Divisão de Investigação Criminal, que, entretanto, já remeteu o processo, bem como todos os elementos do condutor ao Ministério Público.
Recorde-se que, no dia 10, cerca das 20 horas, Dulvany seguia na berma da EN206 com a bicicleta pela mão (naquela zona, no sentido Argivai-Vila do Conde, a via não tem passeio), quando foi abalroado por um carro, cujo condutor não parou para lhe prestar auxílio e fugiu. O alerta foi dado aos Bombeiros da Póvoa de Varzim por transeuntes, que assistiram a tudo.
A bicicleta ficou desfeita. O jovem sofreu múltiplos ferimentos nas pernas e na cabeça. Foi assistido no local e transportado em estado muito grave para o Hospital de S. João, no Porto. Já no início desta semana, Dulvany não resistiu aos múltiplos ferimentos que sofreu e faleceu.
No dia do acidente, acorreu ao local uma patrulha da Divisão de Trânsito da PSP, que acabou por acionar a Divisão de Investigação Criminal. Foram feitas perícias e ouvidas testemunhas com o objetivo de chegar ao condutor que fugiu.
Entretanto, o condutor acabou por entregar-se na esquadra da PSP da Póvoa. Chegou acompanhado dos pais. Trata-se de um jovem com cerca de 20 anos, que alega que se assustou e, por isso, não parou a viatura. O rapaz corre, agora, o risco de ser acusado de homicídio por negligência e omissão de auxílio.
Dulvany Afonso Teixeira tinha 21 anos e era natural de Angola, mas vivia em Vila do Conde já há alguns anos. O funeral do jovem realizou-se na quarta-feira na Igreja do Senhor dos Navegantes, nas Caxinas, num ambiente de grande consternação. Vários foram os amigos de Dulvany presentes, em choque com a morte trágica. Depois da cerimónia na cidade que o acolheu, o corpo de Dulvany foi transladado para o cemitério de Benfica, em Luanda (Angola), onde ainda reside a maior parte da família.