Porto e Vila Nova de Gaia recebem, entre 27 e 30 deste mês de maio, o 52.º Congresso Internacional das Confrarias Báquicas. O extenso programa na semana em que se celebra o vinho e os produtos portugueses, num ambiente marcado pelo companheirismo e partilha de conhecimentos entre confrades, levará congressistas de todo o Mundo a várias regiões vinícolas do norte e sul do país.
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Pedro Rego, presidente da Federação das Confrarias Báquicas de Portugal, espera que, passados 25 anos desde o último congresso, o evento deste ano possa "ser um marco na história das confrarias".
"Queremos mostrar às confrarias estrangeiras que temos uma riqueza enorme no país. O nosso objetivo é reforçar a imagem de qualidade de Portugal e dos seus vinhos, bem como de todas as atividades que estão relacionadas com o vinho, desde o turismo, à cultura e às tradições de cada região".
Depois de ter recebido em 1998 todas as confrarias mundiais, Portugal volta a abrir portas ao maior evento vínico internacional, com o alto patrocínio da Presidência da República. São esperados 250 a 300 congressistas das 13 confrarias nacionais e 15 internacionais nos vários momentos do evento. O congresso estende-se de 31 de maio a 3 de junho, em Lisboa.
Provas de vinhos guiadas e comentadas, desfiles e cerimónias de entronização
Entre o extenso programa estão marcadas provas de vinhos guiadas e comentadas, desfiles e cerimónias de entronização, concertos e visitas turísticas às regiões do vinho verde, vinho do Porto, Évora, Oeiras e Lisboa para mostrar as particularidades, mas também as dificuldades na produção de vinho de cada região vinícola.
"As pessoas muitas vezes não têm noção do que é fazer vinho na região do Douro. Conhecem o vinho do Porto, mas não têm ideia do que é produzir vinho neste região com uma grande diversidade, como também acontece no Alentejo", exemplifica.
Deste congresso espera-se que saiam resultados positivos para o enoturismo, mas também para a exportação de produtos portugueses. "Traz-nos um reforço da imagem de marca dos vinhos portugueses com as provas de vinhos, das várias regiões que estão envolvidas, o que cria um impacto para as relações comerciais a nível internacional bastante interessante", sublinha Albino Jorge, presidente do F.I.C.B. 2023, pela segunda vez responsável pela organização do evento em Portugal.
No último dia do congresso está agendado um fórum para discutir a produção vinícola portuguesa, no Porto, com a presença de vários convidados como Bianchi de Aguiar, o mentor e coordenador da candidatura do Alto Douro Vinhateiro a Património Mundial, Gilberto Igrejas, presidente do Instituto dos Vinhos do Porto e Douro, e Carlos Brito, presidente do Observatório do Vinho do Porto