O Conselho de Administração (CA) do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) negou as afirmações do Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) que davam conta do encerramento, no dia 1 de setembro, do Serviço de Urgência Pediátrica (SUP).
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"Contrariamente ao que foi divulgado durante o dia, o Serviço Nacional de Saúde garantirá o atendimento sem necessidade de deslocação dos utentes e seus familiares para os hospitais da região de Lisboa, a não ser nos casos em que atualmente já acontece", explica o CA em comunicado.
Relativamente à "carência de médicos" no SUP, sublinhada pelo Sindicato, o CA explicou que tal facto acontece porque "a partir do dia 1 de setembro, 3 pediatras rescindiram contrato, uma pediatra reduziu o horário para 50 % e há 4 com baixa médica". "A Urgência Pediátrica do HESE EPE funciona com dois pediatras e um clínico geral, desde o início da pandemia, para garantir também um ADC COVID".
Sobre as críticas feitas pelo Sindicato, de que "em vez de procurar soluções que o CA do HESE pressiona os médicos para que preencham as escalas de urgência, mesmo não cumprindo as recomendações mínimas de segurança preconizadas pelo Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos, que exigem 2 médicos especialistas em presença física", o Conselho de Administração do HESE defende que "o Hospital aplicou todos os esforços no sentido de contratar Pediatras para substituir aqueles profissionais, no entanto, sem sucesso, até ao momento".
"O Conselho de Administração, como sempre tem feito e continuará a fazer, desenvolverá as diligências no sentido de encontrar especialistas de pediatria que queiram, em contrato individual de trabalho, mobilidade ou prestação de serviços, prestar serviço de Urgência no HESE, até ao regresso dos Pediatras que se encontram de baixa", conclui.