Em causa estão denúncias feitas pelos pais sobre o registo de faltas de alguns professores. Ministério da Educação admite investigar novas queixas.
Corpo do artigo
A nota de repúdio dirigida a Rafaela Oliveira, de 14 anos, afixada na entrada do Conservatório de Música do Porto e publicada no site da escola desde outubro, foi retirada na sexta-feira. A aluna denunciou nas redes sociais o mau ambiente que se vive no estabelecimento de ensino. Críticas repetidas ao JN por muitos encarregados de educação, dizendo que há professores que "insultam humilham e agridem verbalmente" os alunos.
Ao JN, António Moreira Jorge, diretor do Conservatório de Música do Porto (CMP), afirmou desconhecer a razão pela qual foi retirada a nota de repúdio. "Não é minha responsabilidade e não passou pela minha aprovação", assegurou.
resposta do ministério
O Ministério da Educação garante que algumas das acusações, noticiadas ontem pelo JN, foram averiguadas em sede de um processo de inquérito da Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), tendo sido instruídos dois processos disciplinares no Conservatório. "Dois destes processos foram arquivados e um concluiu-se com aplicação de uma sanção disciplinar", revelou fonte do Ministério da Educação, sublinhando ainda que, "no que respeita a factos novos, serão avaliados e objeto de investigação, por parte da IGEC".
Por sua vez, a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, DGEstE, também questionada, continua sem prestar esclarecimentos e sem confirmar a entrada de queixas dos encarregados de educação.
O caso remonta há um ano, quando os pais de Rafaela denunciaram que as faltas de alguns professores não eram assinaladas, junto da Direção do Conservatório. A queixa permanece sem resposta, tal como outras, feitas por outros encarregados de educação. Dizem que, além dos insultos e humilhações verbais, "há professores que batem e puxam cabelos [aos alunos]".