A Fábrica de Conservas Pinhais, em Matosinhos, que assinalou 100 anos em 2020, foi classificada como Monumento de Interesse Municipal, segundo anúncio publicado nesta quarta-feira em Diário da República.
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A fábrica é a mais antiga do concelho ainda em laboração, mantém o processo de produção tradicional e privilegia o peixe fresco, referem documentos que fundamentam esta classificação pela Câmara, citados pela Lusa.
A mais antiga fábrica conserveira ainda em laboração em Matosinhos mantém toda a estrutura e muitos dos seus equipamentos originais, incluindo uma caldeira a vapor, equipamento que atualmente se tornou uma peça de grande interesse para a arqueologia industrial, sublinham.
"Além da Caldeira Babcock & Wilcox de 1929, são também de assinalar como equipamentos originais em uso a chaminé em tijolo, o filtro do azeite, a salamandra Doraliva, a cravadeira, o furador vertical, as bancadas em mármore, a balança de báscula, o mobiliário do consultório médico e creche", sustentam.
Segundo os documentos, o edifício adota o modelo das construções industriais dos finais do século XIX e do início do século XX.
Com uma construção que contém todas as componentes espaciais de uma fábrica de conservas, a Pinhais apresenta uma vasta área de fabrico central, onde se processa o depósito de peixe fresco, de corte de cabeças e de remoção de vísceras, de engrelhamento e de salmoura.
Assim como a cozedura a vapor e a retirada dos fornos, o arrefecimento do peixe, o enlatamento, a lavagem e a esterilização.
Além disso, a fábrica tem ainda um espaço de venda ao público, armazéns de azeite, de produto acabado e semiacabado, de vazio (latas e cartões) e de sal, escritórios, gabinete médico, arquivo histórico, oficina de reparação mecânica, antiga casa do mestre, refeitório, balneários, vestiários e salas de formação.