Milhares de horas extraordinárias também ajudam a colmatar falta de profissionais, que é transversal a todas as operadoras. Empresa tem concursos abertos em permanência.
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Há um défice de motoristas na STCP. A falta de recursos humanos é um cenário transversal a todas as operadoras e, tal como na maioria delas, a solução da STCP já é contratar mais estrangeiros. Outro reflexo dessa carência são as milhares de horas extraordinárias feitas pelos profissionais da empresa. Só em 2022, por exemplo, contabilizaram-se 83 mil horas extraordinárias entre motoristas e guarda-freios, uma subida de 53% face ao ano anterior. Nesse ano, a empresa tinha 986 motoristas em funções (menos dois do que em 2021). A STCP estima chegar ao final deste ano com um "número próximo dos mil".
A previsão da transportadora está relacionada com os concursos "abertos em permanência" ao longo do ano. A opção, explica, é motivada por vários fatores: "manter ativa a renovação de efetivo", mas também porque há sempre trabalhadores "a atingir a idade da reforma, a optar por outras saídas profissionais, entre outras razões". Dentro das novas contratações, a STCP está até a assumir a despesa do Certificado de Aptidão de Motorista (CAM), "uma prática antiga", refere. O custo do acesso à profissão é apontado pelos sindicatos como o principal motivo para o afastamento dos profissionais do setor.