Um mosteiro e uma sinagoga, dois castelos e dois complexos modernistas e um jardim na Arménia, Polónia, Dinamarca, Grécia, Sérvia, Suécia e Reino Unido foram anunciados como os sete monumentos mais ameaçados da Europa. Portugal estava entre os 14 finalistas, com o Convento dos Paulistas, em Lisboa, mas não ganhou.
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Todos os anos, desde 2013, a Europa Nostra, uma rede de património europeu, em parceria com o Instituto do Banco Europeu de Investimento, seleciona o património mais ameaçado na união. Além de serem destacados na sociedade civil e política como locais de interesse e que necessitam de atenção, cada local classificado é elegível para um prémio de dez mil euros, como apoio à preservação.
Portugal já conquistou por duas vezes o título, com o Convento de Jesus de Setúbal, na primeira edição desta distinção, em 2013, e com os carrilhões do Palácio de Mafra, em 2014. O Paço de Vilar de Perdizes, em Montalegre, e o Palácio Valflores foram ainda finalistas em duas outras edições do programa.
70 espaços de património
Este ano, a Igreja e o Convento dos Paulistas, em Lisboa, chegaram à lista dos 14 finalistas ao título, tendo sido a associação Fórum Cidadania Lx a responsável pela candidatura. O conjunto é exemplo da arquitetura religiosa barroca do século XVIII e está classificado como Monumento Nacional desde 1918. Apesar do valor histórico, arquitetónico e artístico, necessita de reabilitação e restauro. Sendo propriedade do Estado Português, as obras foram prometidas por diversas vezes, indica a entidade responsável pela candidatura, "mas até agora com poucos efeitos práticos".
Desde o lançamento do programa da Europa Nostra, foram selecionados 70 monumentos e patrimónios ameaçados em 33 diferentes países europeus. Para lá do concurso, a Lagoa de Veneza, em Itália (2016) e o património da Ucrânia (2022) foram distinguidos como sendo os patrimónios mais ameaçados da Europa.