Câmara de Gondomar presta tributo a cinco conterrâneos, médicos e enfermeiros, destacados na frente sanitária.
Corpo do artigo
Três médicos e dois enfermeiros, "cinco generais", como lhes chamou o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, foram agraciados com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro. A cerimónia, decorrida ontem à tarde, em frente aos Paços do Concelho, foi, por extensão, um tributo público aos profissionais de saúde que, no último ano, se mobilizaram no combate à pandemia.
Valentim Loureiro e Aníbal Lira, ex-presidentes da Câmara de Gondomar, também compareceram na cerimónia de homenagem que o município fez a profissionais de saúde envolvidos no combate à pandemia, conterrâneos ou "gondomarense de adoção", como se identificou um dos agraciados, o presidente da Administração Regional de Saúde-Norte, Carlos Nunes, que foi o primeiro a destacar que "a medalha é de todos".
"É uma grande honra", atalhou Nélson Pereira, "gondomarense de Rio Tinto", como se anunciou o diretor do Serviço de Urgências do Hospital de S. João, que se felicita pela luta dos conterrâneos. "Gondomar foi um exemplo", frisou.
Gratidão
"Esta medalha é extensiva a todos os profissionais e também a todos os que estiveram envolvidos nesta parceria, designadamente a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia. Foi uma maratona, com muito cansaço e muita luta. É bom ter este reconhecimento", disse a enfermeira Cristina Pascoal, diretora do ACES/Gondomar.
"Foi uma frente capaz de responder às exigências", como verificou outro homenageado, Eduardo Alves, também enfermeiro, diretor do Centro Hospitalar Universitário do Porto.
Manuel Castro, delegado de saúde do município há 26 anos, enalteceu "a disponibilidade e interação entre todas as entidades" e agradeceu "o sinal de gratidão" dos gondomarenses.
"Todos demos a mão contra o que a dada altura parecia um filme de ficção, mas que não era. Era a realidade", disse o presidente da Câmara, Marco Martins.
O autarca elogiou "os cinco generais", mas observou que o tributo foi "a todos os oficiais e operacionais" que estiveram e ainda estão no terreno. "Foram eles que tomaram a dianteira. Foram incansáveis, como foram todas as instituições. Sem os serviços de saúde, nada disto teria sido como foi. Teria sido muito pior", acrescentou o presidente da Câmara.
Marco Martins aconselhou, ainda, que se continue a "cerrar fileiras", agora "na guerra da vacinação", que continua a mobilizar o município. Quase dois mil gondomarenses, exatamente 1920, segundo o autarca, têm agendada para hoje a administração da vacina contra a covid-19.