O corpo avistado a boiar, na praia da Salgueira, no domingo, poderá ser o de um homem de 62 anos desaparecido na Póvoa de Varzim. A Polícia Marítima está a investigar. As buscas prosseguem por terra uma vez que o aviso vermelho e a fraca visibilidade impedem buscas por mar e pelo ar.
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“Ontem, a vítima ainda foi vista durante algum tempo a boiar. Infelizmente com a mudança da maré, às 13.15 horas, deixamos de a visualizar”, explicou, esta manhã, a capitã do porto da Póvoa de Varzim, Mónica Martins.
O alerta, tal como o JN noticiou, foi dado às 11.15 horas, por um casal de turistas, que viu o corpo a boiar no mar na praia da Salgueira, em plena marginal poveira. Garantem que se trata de um homem, mas mais não sabe.
O Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), a Polícia Marítima, os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim, nadadores-salvadores d’Os Golfinhos, a Polícia Municipal e a Proteção Civil começaram, de imediato, as buscas, mas a forte agitação marítima, o vento e a chuva dificultaram os trabalhos que, por falta de condições meteorológicas, não puderam contar com a ajuda do helicóptero da Força Aérea, nem com a embarcação salva-vidas do ISN.
No domingo à tarde, o perímetro foi alargado para norte, até à praia do Fragosinho. Esta segunda-feira, às 8.30 horas, as operações foram retomadas. O perímetro foi, agora, alargado para sul, até à foz do rio Ave. O helicóptero ainda veio ajudar, mas, por falta de visibilidade, ao fim de 10 minutos, foi obrigado a regressar à base.
“Desde ontem tudo aponta para que o corpo venha dar à costa, porque quer o vento, quer a agitação marítima estão a empurrar para terra”, explicou ainda Mónica Martins, que ainda espera poder contar com a ajuda do helicóptero, que voltará a fazer nova tentativa ao início da tarde.
O alerta amarelo para agitação marítima de ontem passou a laranja e, hoje, a partir das 12 horas, a vermelho, pelo que continuarão a ser impossíveis as buscas por água.
Entretanto, contou ainda a capitã de porto, ontem ao final do dia, foi comunicado à PSP da Póvoa de Varzim o desaparecimento de um homem, de 62 anos. A Polícia Marítima está, agora, a reconstituir com a família os últimos passos do homem, a fim de apurar se poderá tratar-se do corpo avistado.
Mónica Martins aproveitou ainda para, mais uma vez, deixar um aviso à população: as condições de mar vão piorar, há forte agitação marítima, ondas muito elevadas e aproximam-se as marés vivas.
“As condições estão mesmo, mesmo muito más. Temos emitido vários alertas e todos os dias isto é falado, mas, infelizmente, continuamos a ter as pessoas a arriscar. Volto a frisar: as pessoas não se devem aproximar nunca da zona de rebentação e não devem sequer circular nas estradas que se encontram junto à orla costeira, porque, neste momento, com o aviso vermelho a possibilidade de galgamentos é muito elevada”, rematou.