O corte ao trânsito da Rua D. Afonso Henriques, na zona do Brás Oleiro, em Águas Santas, anunciado para esta quinta-feira foi adiado para a próxima segunda-feira. De acordo com a Câmara da Maia, os meios e equipamentos para a obra de demolição e reconstrução do viaduto sobre a via-férrea não chegaram a tempo.
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Os moradores e utilizadores da estrada queixam-se da falta de informação por parte do Município quanto à empreitada. Apesar do corte da rua ter estado apontado para esta quinta-feira, dizem que não foi prestada qualquer informação prévia. E mesmo a STCP, com várias linhas a passar no local, disse ao JN nesta quinta-feira, dia para o qual estava marcada a interrupção de trânsito, que ainda estava a ultimar a solução alternativa para os percursos.
Há muitos anos que os residentes ouvem falar de obras no viaduto do Brás Oleiro, que está bastante degradado. "As laterais da ponte estão partidas, as pessoas que passam a pé têm pouco espaço e quando se cruzam duas viaturas grandes, como os autocarros, há dificuldade para não embaterem", referiu Mário Lourenço, morador.
Apanhados de surpresa pelo anúncio de fecho da Rua D. Afonso Henriques, os condutores já pensam nos percursos alternativos que terão de arranjar. Apesar de concordarem com os trabalhos, a maioria queixa-se da falta de informação prévia sobre esses trajetos alternativos. Albertina Moreira utiliza a rua diariamente para ir trabalhar e diz que, apesar de concordar com as obras, ainda não sabe por onde vai passar com o carro quando a artéria estiver interrompida.
A Câmara sublinhou ao JN que "a travessia de peões vai ser salvaguardada, e também vão ser aplicadas sinalizações de desvio nos devidos locais". O corte da rua deverá prolongar-se até ao início de março do próximo ano. E os residentes estão preocupados com a confusão que deverá instalar-se.
"Uma viagem de dez minutos pode vir demorar quase meia hora", referiu Alfredo Carvalho. Nuno Semplano, que trabalha num restaurante que faz muitos serviços de entregas, acrescentou: "Já posso antecipar que os nossos clientes vão ter de esperar mais, o que pode vir a ser um problema".
"Vou ter de sair mais cedo de casa para chegar a tempo ao destino", assinalou, por sua vez, Paula Alves.
O local onde ficará o estaleiro da obra está ocupado por um circo, que ali permanecerá até domingo. A Câmara garante, ainda assim, que o circo não condicionou o início dos trabalhos.