Milhares de estudantes voltaram esta quarta-feira a protagonizar mais um cortejo do Enterro da Gata, em Braga. Houve muitas lágrimas entre caloiros e finalistas a simbolizar o fim de uma etapa.
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Pelo meio dos muitos carros alegóricos carregados de palavras de ordem, dos litros de cerveja que jorram a cada momento e dos hinos de curso gritados até que a voz falhe, há quase uma metáfora poética no percurso que todos os anos o cortejo do Enterro da Gata cumpre em Braga. E ontem, na celebração que juntou milhares de pessoas, entre estudantes, amigos e familiares, aquele chão empedrado das ruas da cidade por onde os alunos caminharam debaixo de um sol abrasador voltou a ser uma espécie de representação de um trajeto nem sempre fácil, mas que acaba em euforia, com um banho no chafariz da Praça da República que une caloiros e finalistas.
“O momento final é o ponto alto de todo o cortejo e faz-nos lembrar como este primeiro ano passou tão rápido e foi tão intenso”, diz ao JN Érica Teixeira, caloira de Línguas e Literaturas Europeias, instantes depois de sair do chafariz, ainda com a roupa totalmente encharcada. “A maioria das pessoas não tem noção dos laços que se criam, da forma como os “doutores” [alunos do terceiro ano] nos integraram e foram importantes para chegarmos até aqui”, junta a colega de turma Renata Rocha, que viveu uma “experiência inesquecível” no cortejo.