Nasceu de um sonho da mãe de Gonçalo, menino que nasceu com o lado esquerdo da cara paralisado pela síndrome de Moebius, ao qual se juntou Fátima Nunes, que dirige o Instituto do Desenvolvimento, em Paredes. Eis a associação Moebius Portugal, que quer ajudar crianças com esta doença rara.
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“A Filipa disse-me uma coisa que me marcou: ‘no fim da minha vida, quero ter a sensação de que fiz pelas outras mães e crianças aquilo que não fizeram pelo meu filho’”. Fátima Nunes, que dirige o Instituto do Desenvolvimento (ID), em Paredes, aceitou o desafio e seguiu no encalço do sonho da mãe de Gonçalo – um menino que nasceu com o lado esquerdo da cara paralisado pela síndrome de Moebius –, e as duas aliaram-se para dar corpo à associação Moebius Portugal.
A missão é apoiar todas as crianças que padeçam de doenças que causem paralisia facial, e os primeiros passos foram dados em agosto, com a chegada a Paredes do médico mexicano Alexandre Cárdenas, que há cinco anos operou Gonçalo. O clínico realizou várias consultas e fez diagnósticos a uma dezena de crianças e jovens que foram chegando à recém-criada associação. Destes, sete foram diagnosticados com Moebius, uma síndrome neurológica rara; os restantes, com paralisia facial de outras origens.