<p>Um menino de cinco anos morreu, pouco tempo depois de ter sido levado por três pessoas ao quartel dos bombeiros de Vila Real de Santo António. Terá sido vítima de afogamento na piscina da casa onde morava, perto de Monte Francisco, no concelho de Castro Marim.</p>
Corpo do artigo
Foi pelo menos esta a versão contada pelos dois homens e uma mulher que pediram ajuda aos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António (BVVRSA).
Ao que o JN apurou, por volta das 16 horas, um dos homens entrou no quartel a gritar por socorro dizendo ter no carro, um jipe de cor preta, uma criança que se tinha afogado. Ao ver o menino inconsciente, os bombeiros colocaram-no numa ambulância do INEM e transportaram-no para o Centro de Saúde local. Dada a proximidade, a viagem durou pouco mais de um minuto. O óbito acabou por ser confirmado pelos médicos, que nada conseguiram fazer para salvá-lo.
De acordo com o segundo comandante dos BVVRSA, a criança estaria já em paragem cardiorespiratória quando chegou ao quartel. "As pessoas que a trouxeram eram um casal, que diziam ser o pai e a mãe e aparentavam ter entre 35 a 40 anos, e um outro homem mais velho, sem qualquer relação de parentesco", contou Eduardo Tenório.
As circunstâncias da morte estão por esclarecer. As três pessoas optaram por não pedir socorro em Castro Marim - área de jurisdição da GNR - e conduzir a criança numa viatura particular ao longo de cerca de oito quilómetros, terminando a viagem no quartel dos BVVRSA, na área da PSP. No entanto, nenhum dos destes órgãos de polícia criminal foi informado desta ocorrência, tal como confirmaram fontes oficiais da guarda e da PSP. O mesmo aconteceu com a Polícia Judiciária.
Só após vários contactos telefónicos efectuados pelo JN é que a GNR acabou por ser accionada. Segundo apurámos, os bombeiros deram conhecimento do caso ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM que, contactado pelo JN, afirma que a comunicação às autoridades caberia ao Centro de Saúde.