Um bebé de dois anos morreu este sábado afogado na piscina da casa onde morava com a família na vila de Joane, em Famalicão. Segundo apurou o JN, o menino terá sido encontrado pela mãe no interior da piscina, e já estaria em paragem cardiorespiratória.
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Gonçalo terá caído na piscina que a família tem no jardim da propriedade onde moram os pais e os avós, e foi encontrado quando passavam poucos minutos das 12.30 horas. Quando a mãe encontrou o bebé este já não apresentaria sinais vitais.
Segundo fonte da GNR, a vítima, que festejou dois anos esta semana, foi retirada da piscina pelos pais que de imediato chamaram os meios de socorro, que quando chegaram ao local depararam-se com o pequeno Gonçalo em paragem cardiorespiratória.
Os bombeiros e o profissionais do INEM iniciaram manobras de reanimação, mas sem sucesso. O óbito foi declarado no local. Segundo as informações que o JN conseguiu recolher, os meios de socorro estiveram cerca de uma hora e meia a fazer manobras de reanimação.
A tragédia aconteceu no dia do funeral do bisavô do bebé, e quando foi encontrado na piscina, os avós estariam a chegar a casa vindos da cerimónia fúnebre. Os gritos de desespero da família alertaram os vizinhos cuja consternação com o sucedido era evidente na vila. Gonçalo tem uma irmã com pouco mais de um mês.
Os psicólogos do INEM estiveram durante toda a tarde na casa da família. A GNR permaneceu no local até cerca das 17.30 horas, altura em que o corpo de Gonçalo foi removido para a morgue do hospital de Famalicão pelos Bombeiros Famalicenses. A autópsia deverá realizar-se na segunda-feira.
Mais de 250 crianças mortas desde 2002
As circunstâncias em que a tragédia aconteceu deverão ser esclarecidas pelas autoridades, como é habitual em casos deste género. E são muitos. Entre 2002 e 2018, morreram 254 crianças por afogamento, contabilizou a Associação Para a Promoção da Segurança Infantil (APSI).
A média de mortes por ano entre 2005 e 2010 era de 16,5 mortes. Entre 2011 e 2018, baixou para os 9,3. Ou seja, o número de mortes está a diminuir. Ainda assim, em 2019, a APSI enviou a todos os líderes partidários uma carta aberta onde defende a obrigação legal de proteção de todas as piscinas, incluindo as domésticas, como forma de aumentar a segurança e reduzir o número de crianças que são vítimas de afogamento.
Em Portugal, as vedações e proteções de acesso a piscinas "são de aplicação voluntária e não se têm revelado suficientes", defende a APSI.