A criança de 11 anos que foi mordida por uma cobra na terça-feira, em Penela, encontra-se "estável e a evoluir favoravelmente", segundo o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
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A criança, de nacionalidade inglesa, foi mordida enquanto passeava com o pai na Serra do Espinhal, em Penela.
Em nota de imprensa, o CHUC avisa que "estas víboras são perigosas, podem representar risco de vida, havendo por isso a necessidade de recorrer com a máxima brevidade a uma unidade hospitalar".
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A situação aconteceu na terça-feira, ao final da tarde, na zona da Pedra da Ferida. O menino estava no local, em passeio com o pai, quando foi mordido pela cobra numa mão. O pai da criança levou-a a uma farmácia numa zona próxima, onde foi acalmada e lhe passaram água pela mão e pelos braços. Depois de ter sido assistido na farmácia, o rapaz foi transportado pelos Bombeiros Voluntários de Penela para o Hospital Pediátrico de Coimbra. As autoridades foram alertadas pelas 18.25 horas.
"Nunca tinha acontecido nada do género nesta zona e não é uma situação nada comum", explicou ao JN o comandante dos Bombeiros Voluntários de Penela, Raúl Vasconcelos. Apesar de a criança apresentar um quadro clínico complicado, o comandante afirmou que a corporação já encontrou a vítima estabilizada ao chegar ao local.
Raúl Vasconcelos apontou ainda para o perigo de se estar a causar um alarme para esta situação: "Não é zona de ter este tipo de animais e pode estar a criar-se um alarme para a população sem necessidade".
Ao que o JN conseguiu apurar, a víbora-cornuda é uma espécie comum em Portugal, em zonas mais interiores, não havendo, no entanto, registos anteriores da sua presença na Serra do Espinhal. O seu veneno é tóxico, mas não letal.