Uma operação de fiscalização de carrinhas de transporte de crianças, realizada quinta-feira à tarde pelo Destacamento de Trânsito da GNR nas principais vias de acesso a Mafra, detectou várias irregularidades, entre as quais a falta do sistema de retenção (cadeirinhas) e do licenciamento da actividade por parte da empresa em causa.
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Segundo informações do Comando Territorial de Lisboa da GNR, dos oito veículos fiscalizados, cinco apresentavam problemas e um deles ficou mesmo impedido de voltar a transportar crianças, até que seja sujeito a uma inspecção "mais rigorosa".
De acordo com informações do major Delgado, porta-voz do Comando Territorial da GNR de Lisboa, os cinco veículos em causa pertenciam à mesma empresa (cujo nome se escusou a revelar) e prestavam serviço para a Câmara Municipal de Mafra, que contratou a empresa para fazer o transporte dos alunos das escolas do 1º ciclo do concelho.
Além de terem sido detectadas 15 crianças que não eram transportadas em cadeirinhas, como manda a lei, os militares identificaram também um motorista que conduzia sem o Certificado de Aptidão Profissional (CAP), obrigatório para a condução de veículos de transporte de pessoas. Foram detectadas outras infracções como extintores fora do prazo de validade e sem sinalização, ausência de kit de primeiros socorros, veículos sem inspecção automóvel e tacógrafo.
Contactada pelo JN, a Câmara Municipal de Mafra disse ser "alheia" a estas infracções e remeteu todas as responsabilidade para as empresas transportadoras. Contudo, em comunicado, garantiu que "as condições de segurança dos alunos são, desde sempre, uma forte preocupação" da autarquia que "desenvolve uma intervenção regular de monitorização do serviço prestado pelas empresas", contratadas por concurso público.
Além da GNR, nesta operação participaram equipas do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) e da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT).