O primeiro curso de carpintaria naval, que arrancou esta semana em Vila do Conde, regista um recorde de adesões. Novos e velhos estão pontos para aprender a arte de construir um barco em madeira. Há quem considere que este pode ser um negócio no futuro.
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"Era um sonho muito antigo dos construtores navais", diz António José Carmo, olhando, satisfeito, para a sala cheia. Herdeiro de um saber fazer que não vem nos livros, o antigo construtor naval - um dos três únicos resistentes capazes de riscar um barco -, tem dedicado as últimas duas décadas a não deixar morrer a arte que pôs Vila do Conde no mapa.
Agora, a terra de onde saíram grande parte das naus e caravelas "que deram novos mundo ao Mundo" abriu o primeiro curso de carpintaria naval e António José é formador. Há 40 alunos desejosos de aprender. Uns vêm por curiosidade, outros empenhados em não deixar morrer a arte. Quem sabe, se não se dedicam a novo ofício.