De tatuador a político, alunos experimentam profissões para escolher vocação

Os desenhos das asas de um anjo e as patas caninas que Liberta Carneiro ostenta na pele, tatuadas ponto por ponto, têm direitos de autor: foi a filha, Letícia Silva, quem desenhou os motivos em papel para o tio, que é tatuador em França, gravar no corpo da irmã. As experiências marcaram a jovem aluna do Ensino Secundário, que pondera tornar-se tatuadora e acompanhou um profissional da área graças ao projeto Orienta-te, lançado em 2022 pela Câmara de Santo Tirso para ajudar os estudantes a escolher a vocação profissional, dando-lhes a conhecer vários contextos de trabalho.

No estúdio de tatuagem de Guilherme Araújo, no centro da cidade, Letícia pôde acompanhar cada passo do trabalho desenvolvido. “Vem mais cedo do que o cliente, para perceber como preparo o trabalho, e depois observa”, explica Guilherme, que aplaude a “curiosidade” de Letícia. Mas, ainda que seja uma experiência baseada na observação, o tatuador não descarta a possibilidade de uma participação mais direta dos estudantes. “Pode criar o desenho e fazer parte do processo”, exemplifica o proprietário da GuiTattoo, que acredita que, para os alunos interessados na área, “seja aliciante perceber como funciona”.