<p>Os advogados de defesa dos seis indivíduos acusados dos assaltos à mão armada ao museu do ouro e à Ourivesaria Freitas, ocorridos em Setembro de 2007, em Viana do Castelo, defenderam, ontem, durante o debate instrutório, que os arguidos "não devem" ir a julgamento, por "manifesta falta de provas".</p>
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Advogado de um dos acusados, Brochado Teixeira disse, mesmo, no final da sessão, que a acusação "é, em muitas coisas, inconsistente", afiançando que a investigação "foi ajeitada", uma vez que a Polícia "não deu qualquer relevância e colocou na prateleira elementos contrários à tese que interessava para construir a acusação".
"Obviamente que ocorreu um assalto. E havia que encontrar os culpados, fossem eles quem fossem", acrescentou o causídico.
Sobre a questão, Gabriel Freitas, advogado de outro dos acusados, considerou: "Não há nenhuma prova de que algum destes homens tenha sequer estado em Viana do Castelo no dia dos factos. Não há ninguém que possa demonstrar isso. Não há registos de nada. Nem impressões digitais, nem ADN. Não há nada".
Afiançando que compete aos advogados de defesa "defender a sua dama", o proprietário dos estabelecimentos assaltados, Manuel Freitas, apontou o dedo à "morosidade da Justiça". A propósito, ironizou: "Tenho 70 anos. Espero estar vivo na altura em que for tomada uma decisão".
Dos seis arguidos, só um está em prisão preventiva. Os restantes estão com termo de identidade e residência.
O Tribunal de Viana do Castelo anunciará, no próximo dia 9, se vai ou não levar os arguidos a julgamento.