Depois da festa à noite, o Queimódromo acorda com as operações de limpeza
Desde a madrugada de domingo, já foram recolhidas quase três toneladas de lixo por dia só do chão do Queimódromo, no Porto. Às seis da manhã, quando o recinto fecha, entram as equipas da empresa municipal de limpeza urbana e o cenário é sempre o mesmo: copos e papéis no chão, plásticos e até brincos ou mochilas.
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Nenhum espaço é bonito na manhã do dia a seguir a uma festa de arromba. O Queimódromo, no Porto, não é exceção. Pelo chão estão espalhados copos de plástico, papéis, algumas beatas e até brincos ou mochilas. Sente-se, entre o asfalto pegajoso, o cheiro a álcool já seco pelo sol. Passa meia hora das sete da manhã e três varredoras da empresa municipal Porto Ambiente já circulam pelo recinto a recolher esse lixo. Desde a madrugada do passado domingo, todos os dias 20 homens entram naquele recinto às seis da manhã para, na noite a seguir, milhares de estudantes (finalistas ou não) darem continuidade à semana de folia.
Uns, com sopradores debaixo do braço, tentam reunir o máximo de resíduos possível em cada um dos corredores de barraquinhas em articulação com o trabalho das varredoras. Outros, com um jato de água, retiram os copos debaixo dos bares improvisados pelos estudantes. Cada uma das três varredoras tem capacidade para entre 300 e 400 quilos de lixo. E, mesmo assim, todas têm de ir, cerca de três vezes, despejar os resíduos a um ecocentro de uso exclusivo do Município. Fica a cerca de 600 metros dali, junto à Avenida da Boavista. Fazendo as contas, por dia, são recolhidas, só do chão do Queimódromo, quase três toneladas de lixo, adianta Sílvio Tavares, encarregado de operações. A estes resíduos, faltam os da reciclagem e os indiferenciados. Segue-se a entrada de máquinas de limpeza do chão.