Ricardo Caeiro, 31 anos, está desaparecido desde sábado. Regressava a casa, em Calhandriz, Vila Franca de Xira, depois de ter levado uma carga de carne para uma feira em Barcelos, numa carrinha da empresa da família que fornece hambúrgueres e bifanas a rulotes.
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A família participou o caso à PSP de Alverca, que, segundo a irmã de Ricardo, Catarina Caeiro, "não deu grande importância" ao caso. "Fui eu e a minha mãe até Leiria à procura dele e, no regresso, desesperadas paramos na GNR de Alenquer e aí sim ouviram-nos e fizeram logo o auto do desaparecimento", conta, acrescentando que nesta quarta-feira também estiveram na Polícia Judiciária.
Depois de entregar a encomenda em Barcelos, Ricardo Caeiro voltou para Vila Franca de Xira pelas 12 horas e falou com a família a meio da tarde, mas desde então não há sinais dele nem da carrinha em que circulava.
"A última vez que falou connosco foi no sábado às 16.30 horas e disse à minha mãe que demorava duas horas a chegar a casa. Pediu o número de contribuinte do nosso pai para pôr gasóleo e perguntou pela filha dele, de seis anos", conta Catarina, que está desde domingo à procura do irmão. "Andamos a "bater" a zona há três dias, mas infelizmente não temos sinal dele", lamenta.
A irmã diz ainda que Ricardo trazia 2600 euros em dinheiro, que terá recebido em Barcelos. "Ele disse que ia abastecer, não sei se alguém o viu com aquele dinheiro todo e fez alguma coisa", especula.
O último sinal do telemóvel foi detetado na zona de Pombal pelas 19.30 horas de sábado e o último registo da Via Verde foi feito nas portagens da A1 na Mealhada pelas 13.48 horas.
A família não encontra qualquer motivação para um desaparecimento voluntário. "Não faz sentido desaparecer sem deixar rasto, ele era muito apegado aos nossos pais, com quem vivia".