Descargas poluentes: "Às vezes, não conseguimos estar em casa com o cheiro a químicos"
Casal denuncia descargas poluentes no rio Odres, afluente do Tâmega. Cheiro, espuma e cor da água são sinais da poluição.
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Quando compraram o terreno, há 20 anos, junto ao rio Odres, no Marco de Canaveses, Orlando Gonçalves, 45 anos, e a esposa, Anabela Santos, de 48, estavam longe de imaginar as implicações que as descargas poluentes no riacho teriam na sua família. Além de o rio não ter peixes, os cheiros fortes, a espuma e a cor da água são os sinais mais visíveis do problema. O Município do Marco diz ter conhecimento das queixas, mas adianta que as autoridades responsáveis nunca conseguiram “comprovar as alegadas práticas ilícitas”.
“Às vezes, não conseguimos estar em casa com o cheiro a químicos. E de verão, quando o caudal corre pouco, é mais lixo do que água. As próprias pedras nas margens do rio ficam pintadas”, denuncia ao JN Orlando Gonçalves. A situação é de tal maneira grave, que o rio não tem vida. “Nem peixes nem outra fauna nem flora”, nota, acrescentado que as descargas não acontecem diariamente, mas são “sempre ao nascer do dia”.