Um elétrico descarrilou, na tarde de sexta-feira, na zona da Lapa, em Lisboa, deixando feridos 28 passageiros. Os trabalhos de remoção do veículo terminaram já perto da meia-noite.
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Segundo a mesma fonte, os reboques acabaram de carregar o elétrico e respetivos destroços às 23.55 horas de sexta-feira. Minutos depois, a PSP "iniciou a reabertura do trânsito pedonal e rodoviário", disse à Lusa fonte do Comando Metropolitano de Lisboa.
O acidente, que aconteceu por volta das 18 horas, envolveu o elétrico 25, que faz a ligação de Campo de Ourique à Praça da Figueira. No cruzamento de S. Domingos à Lapa com a Rua Garcia da Orta, capotou, causando 28 feridos ligeiros, segundo último balanço dos bombeiros. Dez pessoas foram desencarceradas e encaminhadas para unidades hospitalares.
O número estimado de pessoas transportadas pelo elétrico na altura do acidente era de entre 25 e 30, uma vez que o veículo estava cheio. De acordo com o INEM, os hospitais de São Francisco Xavier, São José e Santa Maria estão "avisados" e com "capacidade para receberem as vítimas".
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Fonte dos Sapadores Bombeiros de Lisboa disse que o elétrico está "bastante danificado".
A página da Proteção Civil na internet refere um total de 64 operacionais e 24 veículos envolvidos nas operações.
Imagens do cenário no local do acidente foram partilhadas nas redes sociais.
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Falando aos jornalistas no local, o comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB), Tiago Lopes, confirmou o descarrilamento, que ocorreu "por volta das 18.04 horas".
"Ao todo, temos 28 vítimas ligeiras. A composição traria mais pessoas só que não foram consideradas vítimas porque saíram pelo próprio pé", afirmou o comandante do RSB, referindo que, quando o socorro chegou ao local do acidente, existiam "bastantes vítimas, tanto no exterior como no interior da composição", dez delas encarceradas.
Cerca das 20 horas, a hora em que foi feito o "briefing", as autoridades tinham conseguido "desencarcerar todas as vítimas", revelou o comandante.
"Não há nenhuma vítima crítica, são todas vítimas ligeiras. Todas elas foram reencaminhadas para o hospital ou esperam reencaminhamento", indicou o responsável.
De acordo com o INEM, duas vítimas foram assistidas no local e 26 foram transportadas para unidades hospitalares.
Destas, nove pessoas foram transportadas para o Hospital São José, nove foram encaminhadas para o Hospital Santa Maria e oito seguiram para o Hospital São Francisco Xavier.
"Tivemos de fazer operações de desencarceramento, que demoraram bastante tempo, porque temos de criar condições para que os bombeiros entrem e consigam tirar as pessoas sem agravar os ferimentos que tinham, e sem pôr em causa os próprios bombeiros", explicou o comandante.
Questionado sobre a idade das vítimas, Tiago Lopes indicou que "a faixa etária é muito dispare", desde "crianças de tenra idade até pessoas de alguma idade".
Porém, salientou, "todas elas estão acompanhadas".
Tiago Lopes indicou também que agora as autoridades vão "continuar a fazer trabalhos de remoção da composição", encontrando-se a aguardar a chegada de uma grua para ajudar no processo de colocar o elétrico na posição inicial, para depois ser removido pelos serviços da Carris.
Quanto aos meios no local, o comandante do RSB indicou que, pelas 20 horas, estavam "cerca de 50 operacionais" no terreno, apoiados por "30 viaturas".
Antes das 20 horas, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve no local e enalteceu a capacidade de resposta "imediata e muito eficiente" numa situação que considerou "muito difícil".
Também o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando medina, foi ao local inteirar-se da situação, não tendo prestado declarações aos jornalistas.