De punhos no ar e coragem na voz, milhares de pessoas reclamaram justiça, este sábado, por Odair Moniz, o homem que foi morto por um agente da PSP, no Bairro da Cova da Moura, no início da semana. "Futuro presente, Odair sempre" e "violência policial é herança colonial" foram algumas das palavras de ordem entoadas.
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A manifestação, promovida pelo movimento Vida Justa e mais 80 organizações e coletivos, arrancou por volta das 15.30 horas, do Marquês de Pombal em direção à Praça dos Restauradores. Em uníssono, manifestantes gritaram "racistas não passarão" e repetiram, quase até à exaustão, "justiça por Odair".
Ao mesmo tempo, decorria a manifestação "em defesa dos polícias" convocada pelo Chega. A ação, promovida por André Ventura, ia terminar no mesmo local, a Assembleia da República, e, por isso, o movimento Vida Justa, que marcou o protesto primeiro, alterou o destino.
O desfile pela memória de Odair decorreu sem incidentes e terminou com um minuto de silêncio nos Restauradores, onde foi implantado um memorial de homenagem com fotos, flores e velas.