Dezassete pessoas deram entrada no hospital do Funchal, esta sexta-feira, devido à inalação de fumo num túnel da via rápida, no concelho de Câmara de Lobos, Madeira, onde se incendiou uma viatura ligeira.
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"Recebemos, a partir das 10.54 horas, 17 doentes, dez do sexo masculino, sete do feminino, alguns estrangeiros, nomeadamente japoneses, ingleses e alemães", informou Pedro Ramos, diretor do serviço urgências, explicando que "todos apresentavam problemas respiratórios devido à inalação de fumo".
Uma viatura ligeira incendiou-se no túnel da Quinta Grande, concelho Câmara de Lobos, Madeira, obrigando ao corte da circulação automóvel no local, onde foi feita uma triagem pela equipa de emergência médica pré-hospitalar da viatura de Emergência Médica e Intervenção Rápida (EMIR).
Segundo Pedro Ramos, dos pacientes recebidos na unidade de saúde, "12 tinham prioridade muito urgente, quatro urgente e um pouco urgente", sendo este último caso um homem de 88 anos.
"Neste momento, os doentes estão a fazer oxigenação e em estado satisfatório", afiançou o médico, assinalando que uma das vítimas, estrangeira, revelou uma "fratura numa clavícula".
O responsável acrescentou que os pacientes vão começar a ser reobservados, estimando para o "fim da tarde" começar a dar alta hospitalar, ressalvando, contudo, que "tudo vai depender da evolução".
O condutor e único ocupante do veículo que se incendiou saiu pelos seus próprios meios, mas o incêndio provocou uma nuvem de fumo que fez com que cerca de 40 viaturas tivessem ficado retidas no túnel, com um comprimento de 942 metros, enquanto os seus proprietários e ocupantes se punham em fuga no meio da escuridão. "Saí pela saída de emergência apesar de não ver um palmo à frente", disse um automobilista.
Neste incidente, cujo alerta chegou às autoridades às 10.19 horas, registou-se o embate de algumas viaturas "mas tudo coisas ligeiras", adiantou um bombeiro.
No local, onde a circulação automóvel já foi restabelecida, estiveram as corporações de bombeiros de Câmara de Lobos, da Ribeira Brava, da Calheta e as duas corporações do Funchal, a EMIR e a PSP.
O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, Luís Neri, admitiu que "o sistema de ventilação do túnel não estaria a funcionar" no momento em que a viatura se incendiou.