A Polícia Marítima vai tentar apurar a causa do aparecimento de dezenas de peixes mortos, este domingo, no rio Douro, junto à ETAR de Gramido, em Gondomar. A garantia foi dada, ao JN, pelo capitão do Porto do Douro, Rui Lampreia, acrescentando que "serão recolhidas amostras para análise".
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"Nas últimas semanas este já é o terceiro caso reportado. Os dois anteriores, de sujidade e tainhas mortas, ocorreram junto a um hotel próximo da cidade do Porto e na Ribeira (Porto). A Polícia Marítima foi ao local, mas não conseguimos detetar uma causa", explicou o capitão.
Rui Lampreia adiantou que, em tempo de chuva, pode acontecer algum "derrame" de terras e lixo nas águas do Douro, mas dado que a cidade do Porto, e a sua envolvente, têm indústria, não põe de parte uma eventual "descarga" feita por alguma empresa, que tem que ser "investigada".
"Vamos ao local, e depois em função de vários fatores, como o cheiro e a tonalidade da água, entre outros [além dos peixes mortos], iniciamos os procedimentos, nomeadamente enviando amostras para o laboratório. Nas duas anteriores situações reportadas, nada foi apurado. Mas se for uma situação recorrente, deve preocupar-nos", concluiu.
Ao final da tarde, após a ida de uma equipa ao local, Rui Lampreia fez saber que "não foi detetado nenhum foco de poluição". Disse ainda que "pelo aspeto e decomposição dos peixes, poderão ser os mesmos avistados nos dois casos anteriores". Também afirmou que "a morte dos peixes poderá estar relacionada com as cinzas dos incêndios de setembro (que, entre outra vegetação, se encontram no entulho) e as recentes chuvadas".