Nos bancos, por trás dos balcões de check-in, nos parques de estacionamento e entre pilares improvisam-se quartos que permitem escapar ao frio das ruas.
Corpo do artigo
O voo de Ana, que acaba de chegar de mais uma viagem de trabalho, é o último a aterrar. Vem cansada, mas o olhar irradia luz mal vê Tomás, de 20 meses, no colo do pai e a esticar-lhe os braços. É quase meia-noite e no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, o ritmo frenético que todos os dias com milhares de passageiros em rebuliço está a esmorecer. As luzes baixam a intensidade, as lojas estão fechadas, já ninguém corre apressado para apanhar nenhum voo, e há cada vez mais lugares vagos nos bancos junto às chegadas.

