O Matadouro Industrial do Cachão (MIC) vai reabrir, na próxima semana, um mês depois de a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) ter suspendido a sua atividade devido à degradação da estrutura e falta de manutenção dos equipamentos, obrigando à realização de obras para correção das não conformidades.
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O matadouro não está a abater animais desde o dia 9 de janeiro, de forma a poder executar um plano de obras que implicou um investimento de 17 mil euros e, em simultâneo, promover uma ação de formação dos 23 trabalhadores da unidade de abate.
O administrador do MIC, cujas entidades detentoras são os Municípios de Mirandela e Vila Flor, confirma que as obras foram concluídas na semana passada, sendo solicitada uma inspeção à DGAV, mas só esta quinta-feira chegou o aviso para o levantamento da suspensão. Assim, confirmou Michel Monteiro, na próxima segunda-feira o matadouro retomará a sua atividade normal nas linhas de abate de pequenos ruminantes, bovinos e suínos, acrescentou
A primeira fase deste plano já tinha sido executada no mês de novembro, depois de a DGAV ter detetado algumas inconformidades, o que também forçou à suspensão da atividade por alguns dias. “Decidimos avançar com a segunda fase apenas neste período para salvaguardar os maiores picos de procura dos serviços do matadouro, que são no mês de dezembro, época natalícia”, referiu, há três semanas, ao JN, o administrador do MIC.
Michel Monteiro admitiu, na altura, que esta situação “cria bastantes constrangimentos aos clientes, como à própria empresa". "Mas se quisermos manter os níveis de qualidade que são exigidos nesta área alimentar, não há outra alternativa senão fazer aquilo que entendemos que deva ser feito para termos as coisas operacionais e em bom funcionamento”, adiantou.
Esta é a segunda vez que a unidade de abate foi forçada a suspender a atividade. Em dezembro de 2018, a ASAE tinha suspendido a atividade das linhas de abate de bovinos e pequenos ruminantes do Matadouro, deixando apenas a funcionar a linha de abate de suínos. Na base da decisão esteve também a degradação da estrutura como consequência da falta de manutenção.
Depois das obras de requalificação, as unidades de abate foram reabertas no dia 18 de fevereiro de 2019.