Direito de resposta: Trabalhadores da Santa Casa da Póvoa de Varzim exigem o pagamento de horas extra
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA PÓVOA DE VARZIM, adiante designada por SCMPVZ, com sede no Largo da Misericórdia 4490-421 Póvoa de Varzim, NIPC 500 850 208, representada neste ato pelo seu Provedor e legal representante, Eng. Virgílio Ferreira, titular do NIF 147 082 510, natural da freguesìa de Cedofeita, concelho do Porto, na sequência da notícia publicada na versão online do Jornal de Notícias, no website www.jn.pt, no dia 30 de Julho de 2021, com o título "Trabalhadores da Santa Casa da Póvoa de Varzim exigem o pagamento de horas extra", redigida por Ana Trocado Marques, vem, ao abrigo do artigo 24°- da Lei n.°- 2/99, de 13 de Janeiro - Lei de Imprensa , apresentar, um direito de resposta e retificação.
Corpo do artigo
Na notícia publicada são feitas imputações inverídicas, sem que fosse permitido a esta Santa Casa responder às referidas alegações.
Impendia sobre a jornalista o dever Deontológico de relatar os factos com rigor e exatidão, interpretá-los com honestidade, o que implica uma verificação dos factos , um confronto de versões, ouvir as partes, separar factos de opiniões e não fazer acusações sem provas.
A notícia publicada não cumpriu com o dever de informação, que se impunha, não verificou a verdade da imputação feita, que se prende com o dever de investigação do facto e com a obrigação de, antes da imputar factos desonrosos, dar à SCMPV, a possibilidade de apresentar a sua versão factual.
O Estatuto do Jornalista - art. 14º, al. a) e e) e o Código Deontológico do Jornalista - art. 1.°- impõe o dever de diversificar as fontes de informação e ouvir as partes com interesses atendíveis no caso, o que não aconteceu, visto que não houve qualquer tentativa, nem no dia da greve, nem posteriormente, por parte do V. jornal, jornalista ou diretor, de ouvir as partes em confronto, com a finalidade de publicar uma notícia verdadeira, transparente e leal.
A Instituição conta com 253 trabalhadores e, deste universo, apenas 12 aderiram à greve do CESP.
A Instituição cumpre com todos os normativo legais e tabelas salariais previstas, é importante salientar que apenas este ano é que esta Santa Casa não foi mais além que os valores previstos nas referidas tabelas.
Quanto ao pagamento de horas extraordinárias devido aos horários realizados durante o período crítico da pandemia COVID-19, todas as horas realizadas a mais já foram pagas em tempo de descanso, ou em valor, por acordo com os trabalhadores.
Quanto à contratação de trabalhadores, a Instituição está em constante contratação, no entanto, a taxa de absentismo deste ano é superior a 15% e por vezes não é possível contratar novos trabalhadores para suprir faltas esporádicas ou impedimentos de curta duração.
Quanto à qualidade das refeições informamos que a ementa é elaborada por uma nutricionista com diferentes alternativas alimentares.
A conteúdo desta notícia, não tem fundamento em factos concretos, verídicos ou representativo da realidade da Instituição, para além de que, não foram cumpridos os deveres jornalísticos a ela inerentes, e atinge deliberadamente o bom nome e a reputação da SCMPV, pelo que repudiamos todas as imputações lançadas sobre a Instituição, exigindo a reposição da verdade, com igual destaque tão rapidamente quanto possível.
O PROVEDOR
(Virgilio Alfredo Tavares Ferreira, Engº)
Nota da Direção: "Não é verdade que o JN não tenha procurado a Santa Casa Misericórdia da Póvoa do Varzim a fim de que esta se pronunciasse sobre a notícia. A jornalista, como é aliás timbre dos jornalistas desta casa, tentou, previa e insistentemente, contactar o provedor da Santa Casa, mas, desafortunadamente, nunca lhe foram atendidos os telefonemas. Não é, por isso, justo, nem correto, afirmar o contrário.
Como não é justo ou correto dizer que o JN e a sua jornalista fazem "acusações sem provas", porque, lida devidamente a notícia, se percebe quem são as autoras, aliás identificadas, das ditas "acusações", e quem é que se manifestou publicamente contra a SCMPVZ e proferiu tais declarações. Como sempre, ao JN compete fazer jornalismo. Sério, rigoroso e independente. E só."