Em Gaia, a procura é tanta que há períodos em que as famílias têm de entrar para a lista de espera. Movimento reutiliza as sobras e abastece 8250 pessoas em todo o país.
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É um dia de semana. Fim de tarde, hora de ponta. O trânsito na Avenida da República, em Gaia, está caótico. O nó de Santo Ovídio não diverge deste cenário. Mas próximo da antiga igreja, num cantinho verdejante, não se ouvem as buzinadelas nem há atropelo de carros: ali, na sede local da Refood, quem procura ajuda alimentar aparece e leva o cabaz na maior das tranquilidades, com total discrição. O núcleo auxilia quase 200 famílias.
"No país, são 8250 os beneficiários e os pedidos têm aumentado", confere Ana Sofia Ferreira, que já foi coordenadora em Famalicão, onde era notória esta escalada, agora é vice-presidente a nível nacional. A avalancha é tanta que, em "Gaia, há períodos com listas de espera", confere Sophia Leitner, uma das responsáveis locais.