Empresários de diversões manifestaram-se, ontem, em frente à associação responsável pela Feira dos Santos de Chaves.
Corpo do artigo
Estão contra as taxas exigidas pela ocupação do espaço. A associação diz que a tabela é a de há 13 anos.
A tradicional Feira de Santos de Chaves, que se realiza entre os dias 31 deste mês e 1 de Novembro, poderá não contar com um característico sector do certame, os divertimentos, que começam a funcionar cerca de três semanas antes. Empresários do ramo e a Associação Comercial do Alto Tâmega (Acisat) ainda não chegaram a acordo relativamente ao preço a pagar pelo espaço ocupado pelo sector.
Ontem de manhã, em sinal de protesto, mais de uma dezena dos empresários em causa manteve-se durante algum tempo à porta da Acisat. E, caso o acordo não surja, prometem "não montar, nem deixar montar os divertimentos e andar com os camiões pela cidade". "Vamos começar hoje (ontem) uma luta", diziam.
De acordo com o presidente da Associação Portuguesa de Empresários de Diversões, Luís Fernandes, o local destinado aos divertimentos, no Parque Multiusos, "não tem viabilidade económica" por ficar muito afastado da cidade.
"O ano passado houve colegas que não fizeram para a despesa", disse um dos manifestantes. Por isso, em nome dos colegas, o dirigente propôs à Acisat a possibilidade de regressarem ao centro da cidade, a um terrenos particular no Monumento.
"Se o problema é o barulho, nós comprometemo-nos a não ligar as aparelhagens", afiançou Luís Fernandes, revelando que a outra proposta que apresentaram passa pelo pagamento de uma "taxa simbólica" no local fora do centro da cidade e que seria de 20 por cento da tabela.
A Acisat não está de acordo. "Trata-se de cumprir regras. Eu quando vou ao cinema também não discuto o preço do bilhete. Se não gosto, vou-me embora", exemplificou Miranda Rua, garantindo que a tabela de preços não é alterada há 13 anos.
"Foi a tabela que herdei", afiança, lembrando que há outros empresários "em lista de espera". Segundo Luís Fernandes, pela actual tabela, uma pista de carrinhos de choque, por exemplo, paga cerca de 6 mil euros, um valor que dizem ser incomportável no actual local definido.