No âmbito do concurso internacional, cujas propostas foram entregues este mês, há dois concorrentes a fornecer autocarros e a fábrica de hidrogénio para o metrobus do Porto. O preço é de 27,48 milhões de euros e inclui a aquisição de 12 autocarros movidos a hidrogénio para as linhas Boavista-Império e Boavista-Anémona.
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Entregaram propostas a empresa CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. e o consórcio formado pelas empresas PRF - Gás, Tecnologia e Construção, SA; CAETANOBUS - Fabricação de Carroçarias, SA; BrightCity, SA; DST SOLAR, SA; DOUROGÁS NATURAL - Comércio de Gás Natural e Energia, SA.
Para além da aquisição de 12 autocarros articulados movidos a hidrogénio verde para as duas linhas, "o procedimento inclui a manutenção dos veículos e a execução das infraestruturas técnicas de produção de hidrogénio verde e de energia elétrica de fonte renovável", explica a Metro.
Está previsto que o posto de fornecimento de hidrogénio alimente outros veículos para além do material circulante do metrobus. A linha Boavista-Império já está em construção e a para a linha Boavista-Anémona será lançado em breve o concurso.
O júri do concurso para os 12 veículos e a fábrica de hidrogénio já está a proceder à análise das propostas, de modo a apresentar "oportunamente" ao Conselho de Administração da Metro do Porto o relatório de avaliação e propor uma adjudicação.
O investimento global no sistema de metrobus cifra-se em 66 milhões de euros e é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Começa a funcionar em 2024
O novo modo de transporte "combina a eficácia, pontualidade e fiabilidade já conhecidas do metro com a flexibilidade e o conforto da última geração em autocarros ecológicos". Alimentados a hidrogénio, os veículos do metrobus "não produzem emissões poluentes, sendo um imenso contributo para a neutralidade carbónica e para o cumprimento das metas das Nações Unidas".
Os estudos de procura apontam para mais de 9 milhões de clientes no primeiro ano de operação, dos quais 4 milhões serão conquistados ao transporte individual.
"Com prioridade sobre todos os outros modos de transporte (através de um sistema de semaforização inteligente), um canal exclusivo na Avenida da Boavista e um canal partilhado na Marechal Gomes da Costa, integrado no sistema de bilhética Andante", o metroBus do Porto está "alinhado com a tendência de futuro em importantes cidades europeias no que toca a mobilidade sustentável".
A "grande vantagem competitiva" do metrobus é a "rapidez" e o fator "fiabilidade no cumprimento escrupuloso de horários". A ligação Boavista-Império vai demorar apenas 12 minutos e a viagem entre a Boavista e a Anémona terá uma duração de 17 minutos. "Tempos de viagens muitíssimo vantajosos na comparação com outras alternativas e especialmente com o automóvel para duas linhas que estarão em operação a partir do verão de 2024", sustenta a Metro.