<p>O sonho de implantar um safari africano em pleno Alentejo converteu-se em realidade há uma década, quando Francisco Simões de Almeida abraçou a aventura do Badoca, por onde já passaram dois milhões de visitantes</p>
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Tudo começou com uma aventura, "sem se saber muito bem para onde isto iria caminhar", assume o sócio-gerente do Badoca Safari Park.
Em 1999, quando arrancou, o primeiro parque temático do género do país tinha "20 ou 30 animais". "Não havia nada: restaurante, infra-estruturas, água ou electricidade", recorda Francisco Simões de Almeida.
Aos poucos, o desejo de criar uma oferta turística "diferente, ligada à Natureza e à conservação e preservação" das espécies transformou-se numa "paixão", que foi crescendo com a "responsabilidade de tratar das vidas dos animais, alguns em vias de extinção".
Hoje, o parque zoológico contabiliza 650 animais, como lémures, chimpazés, babuínos, tigres, póneis, cangurus, flamingos, lamas, iaques, cabras anãs ou diversas aves de rapina.
Girafas, zebras, gnus, búfalos e avestruzes, entre muitos outros animais selvagens, podem ser encontrados em liberdade durante o safari, percurso guiado em tractor que constitui a grande atracção do parque.
Uma candidatura a fundos europeus permitiu, em 2008, a aplicação de três milhões de euros em infra-estruturas, como o Rafting Africano, a Grande Ilha dos Primatas e a loja de lembranças, onde não faltam t-shirts, bonecos de pelúcia ou mesmo garrafas de vinho rotuladas com a imagem do Badoca. O truque é apresentar novidades todos os anos, por forma a captar o interesse dos visitantes.
O parque recebeu, desde 99, perto de dois milhões de visitantes, que Simões de Almeida apenas lamenta não disporem de mais oferta em termos de alojamento.
As visitas de escolas são outra das vertentes do parque, que recebe alunos de diversos graus de escolaridade.
O projecto respeita a 25 anos e 50 milhões de euros de investimento, pelo que ainda está longe o sonho da construção de uma unidade hoteleira com 80 quartos. "As pessoas poderiam pernoitar aqui, ouvindo os sons dos animais à noite, ou até fazer um safari nocturno", explica o gerente.